sexta-feira, 11 de outubro de 2013
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
quarta-feira, 8 de junho de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Marcelino Adão saia bem cedo para ocupar seu posto na máquina de cortar toras na Serraria São José. Foi nessa mesma máquina que,há sete anos, Marcelino perdeu a mão direita num acidente quando recebeu a visita de sua filha mais nova que vinha lhe trazer o almoço espremido entre dois pratos enrolados num guardanapo, como era o costume naquele vale isolado entre as serras do Mendanha e de Gericinó. Foi um pequeno descuido, um segundo apenas, e aquela pequena e gorda mão jazia em meio a uma poça de sangue na serragem fina. Ainda se mexia.
Sua doce e amada filhinha, a preferida dentre os quatro, dois rapazes e duas meninas, que ele tivera com Dona Madalena, esposa dedicada e mãe amorosa, que viera a falecer decorrente de uma complicação no parto de Catarina. Era esse o nome da menina que nascera prematura e quase não vingara. Triste, culpada pela morte da mãe e agora, quis o destino, fosse o motivo de mais uma causa de dor para toda a família.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
domingo, 6 de dezembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
terça-feira, 24 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
O antigo telefone enferrujado...
...da birosca do Nério, já não servia de auxílio aos moradores
daquele pequeno loteamento esquecido no tempo ao pé da monumental Serra do Mendanha.
As crianças morriam desnutridas,infectadas pela água do velho rio, sem forças para se porem de pé, riscando a poeira do chão como um compasso no sol escaldante.
terça-feira, 3 de junho de 2008
trabalha embutindo restos de miudos de porco numa lojinha velha situada numa esquina da rua Quito, na Penha, para o orfanato de dona Guiomar.
Wanderlei Difuntão, que foi achado num saco de lixo perto do Curtume Carioca, esse pequeno ser esquisito sentado no carrinho, mora e vigia a lojinha à noite.
Com o pouco que ganha, Perivaldo compra comida e contrata profissionais do sexo para o seu amigo Wanderlei, mas algumas dessas mulheres preferem devolver o dinheiro a se deitar com tão repugnante criatura.
domingo, 27 de janeiro de 2008
No Matadouro de Santa Cruz...
...a cinqüenta quilômetros do centro da velha cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro,
"a coisa", como era chamado Romeu, o pequeno homem disforme, que tinha a aparência de uma ave, encarregado de distribuir a carne para os compradores de domingo, guardava um terrível segredo :
As donas de casa, mães de família da pequena burguesia local, que se deslocavam para o pequeno açougue próximo ao matadouro,ainda cedinho, a fim de comprar o melhor pedaço de carne para preparar o almoço de seus homens - maridos e filhos que vinham do futebol com as roupas encharcadas de suor,e que tinham o hábito de lavar os pés no pequeno tanque do quintal antes de se sentarem à mesa.- jamais poderiam supor que a carne que alimentava os porcos que compunham os embutidos, iguaria mais apreciada nos almoços de domingo, era a dos mendigos e desocupados,sem parentesco ou ascendência local, que desapareciam misteriosamente à noite, garantindo assim a paz e a tranqüilidade daquele pequeno povoado.
Ainda me lembro dessa paz e tranqüilidade naquelas tardes de domingo, tantas alegrias...Eu era ainda criança e o mundo nunca me pareceu,depois, tão luminoso.As cores e a felicidade daquela vida ainda estão vivas na minha ....
O assassino da Cidade Fantasma!!
Waltércio, sétimo filho e único sobrevivente de uma família de católicos morta numa epidemia que dizimou a pequena região escondida no interior da mata atlântica brasileira,se alimenta dos corpos de suas vítimas inocentes. Inocentes que cruzam a Cidade Fantasma.
Waltércio tinha cinco anos quando a tragédia que se abateu sobre a cidade mudou o seu destino
transformando-o para sempre num pequeno animal humano, alienado de toda a vida cultural, sem lembranças do passado e sem vida interior, somente aquela que é concedida por Deus aos animais para que possam executar as atividades básicas que lhes garantem o sustento e a defesa do corpo.
Por instinto ou perversão, começou a caçar os gatos, os cães e, por fim, até os ratos, quando a caça de outras espécies tornava-se escassa, aos doze anos matou e comeu o primeiro inocente, uma menina de nove anos que se perdeu de uma família num piquenique, numa manhã da ensolarada primavera de 1983. Muitos outros crimes se seguiram a este quando...
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